A imagem que ilustra o post não é do primeiro computador, que de fato apareceu em 12 de maio de 1941 em Berlim na Alemanha. É uma réplica. Porque o tal pioneiro, chamado de Z3, foi destruído num dos bombardeios britânicos da capital do Reich em 1941, destruindo o apartamento de seu criador.
Sem de maneira nenhum e nunca justificar ou mesmo amenizar os sofrimentos que qualquer conflito traz, é inegável notar que os esforços bélicos das nações em guerra podem às vezes resultar em avanços, particularmente nos campo da ciência e das técnicas.
Para o profundo desgosto de Santos Dumont, não há como negar que a primeira guerra mundial (e os créditos militares a partir daí generosamente distribuídos) deram um impulso definitivo à aviação. Nos anos 1930, já eram construídos foguetes e mísseis. E a tecnologia cada vez mais avançada precisava de mais e mais cálculos. Afinal, definir a trajetória de uma bomba era essencial para atingir o triste objetivo.
É neste contexto que aparece a máquina de um alemão, Konrad Zuse. Apesar de seu tamanho imponente, o Z3, construído com relés e conexões de fios, tinha um desempenho que seria considerado hoje ridículo: fazia uma multiplicação em… cinco segundos. E sua capacidade de memória não passava de 64 números.
No entanto, sua diferença fundamental com as calculadoras que já existiam era que podia ser programado para fazer uma tarefa, sem que haja necessidade de repetir o comando a cada operação. Daí a apelação oficial de “computador”. Como todas as histórias de tecnologia, esta começa no entanto bem mais cedo. E os Cabeças da Notícia de 12 de maio de 2021 a lembraram >