13 de maio de 1981: queria(m) matar o Papa

“Eu agradeço a vocês com emoção por suas orações e abençoo a todos. Rezo pelo…

Atentado contra João Paulo II

“Eu agradeço a vocês com emoção por suas orações e abençoo a todos. Rezo pelo irmão que me atacou, a quem perdoei sinceramente”, declarou João Paulo II, poucos dias depois de sofrer atentado em plena praça São Pedro, no Vaticano em Roma. O ano era 1981, o polonês era Suma Pontífice havia 3 anos.

O “Papa Pop” destoava de seus predecessores. Primeiramente por sua origem: eslavo, fato inédito na história, de origem humilde, engajado no passado em vias políticas não conservadoras, João Paulo II virou rapidamente uma estrela midiática em viagens internacionais organizadas como turnês de astros de rock.

Logo, seu gesto de beijar a terra onde aterrissavam ainda no tarmac no aeroporto virou marca registrada. Bem como seus “banhos de povo”, quebrando protocolos para estar em contato com o público, com especial deleite quando se tratava de jovens e crianças. O chefe de sua segurança devia ter um dos empregos mais estressantes do mundo na época.

Neste 13 de maio de 1981, a cena era corriqueira: após a audiência geral no Vaticano, passagem pela praça São Pedro onde 20 mil fieis estão aguardando a passagem do papamóvel. No meio deles, um turco de nome Mehmet Ali Agca, 23 anos, de religião muçulmana. É ele que vai atirar quatro vezes contre João Paulo II.

Preso em seguida, foi encontrado em seu bolso um bilhete reivindicando o atentado “em solidariedade com os milhares de mortos causados pelas nações imperialistas”. Ao longo dos interrogatórios e de seu processo, Ali Agca vai mudar de versão, o que faz que ainda hoje há uma parte de mistério sobre sua verdadeira motivação.

Livre desde 2010 após quase 20 anos de cadeia na Itália e mais 10 na Turquia, ele leva uma vida discreta. Sua última aparição na mídia foi em 2015, quando, agora convertido ao catolicismo, levou flores no túmulo de João Paulo II na comemoração de 10 anos da morte do papa polonês.

Neste 13 de maio de 2021, 40 anos depois, os Cabeças da Notícia voltaram a esses dias que foram de angústia e muita reza para os católicos no mundo inteiro >