30 de abril de 1863: a mão do Capitão Danjou

Pode parecer estranho formar uma legião com estrangeiros. Afinal, em caso de conflito, como ter…

Mão do Capitão Danjou

Pode parecer estranho formar uma legião com estrangeiros. Afinal, em caso de conflito, como ter certeza da lealdade de um ou outro legionário que seria originário do país do inimigo? Por isso, a LE é o único braço das forças armadas onde o recruta presta juramento à própria legião, e não à França.

Foi criada em 1831 mas já havia estrangeiros nas forças reais antes. Foram unidas, com o intuito de sempre combater fora do território francês na Europa. O que não quer dizer que não foi mandada em territórios ultramarinos: os primeiros combates de legionários foram justamente na conquista da Argélia.

Treinamento físico extenuante e psicológico rigoroso, contrato de cinco anos com possibilidade de naturalização após os três primeiros, engajamentos com missões ao redor do mundo, nem sempre exatamente descritas para permitir operações secretas, às vezes à margem da lei, tanto do país onde estão quanto da França, os legionários formam uma elite militar reconhecido no mundo inteiro.

Após seu serviço, um legionário terá emprego garantido em qualquer serviço de proteção, de ação ou mesmo de inteligência. E com salário á altura de suas competências. Enquanto ainda está em serviço, seu ordinário é feito de simplicidade e de respeito às tradições. E a mais gloriosa dela ocorre todo dia 30 de abril, na pequena cidade de Aubagne, no sul da França. Ali, diante de seus colegas admirativos, um legionário é designado para receber a maior honra de sua vida militar: carregar uma prótese de mão de madeira do século XIX.

Quer conhecer a história desta mão mítica? Escuta o Gabinete de Curiosidades dos Cabeças da Notícia de 30 de abril de 2021 >